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Busca por soluções à dificuldade de acesso ao crédito pela cadeia produtiva

Categoria: Boletim ABVTEX em Pauta | 12 de agosto de 2020

A ABVTEX tem concentrado esforços em identificar as demandas junto à cadeia produtiva de seus associados, participantes do Programa ABVTEX, com o objetivo de levar ao Governo propostas que visam à redução dos impactos econômicos e sociais neste setor. Entre as constatações, destacam-se as dificuldades que as micro e pequenas empresas – que representam 97% desta cadeia produtiva – enfrentam para ter acesso ao crédito.

Na mais recente, encerrada em 16 de julho, quase 60% dizem que não tentaram contratar a linha de crédito do PRONAMPE (Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). E da parcela que buscou este financiamento, apenas 18,3% receberam aprovação. Já 24,5% tiveram a solicitação reprovada.

Cerca de 70% das empresas não está recebendo ajuda financeira externa em relação aos impactos da Covid-19. Da parcela de empresas que estão recebendo ajuda externa, mais de 58% alegam que o suporte financeiro recebido até o momento não será suficiente e que terão grandes desafios.

Ciente da importância do acesso ao crédito pela cadeia produtiva neste momento crítico, a ABVTEX tem se reunido com representantes do Governo Federal para levar propostas. Uma delas foi relativa à disponibilização de linhas de crédito do BNDES, na modalidade de âncoras, para capital de giro para micro e pequenas empresas fornecedoras por meio dos varejistas. “Temos acompanhado de perto a situação destas empresas e levamos ao Governo a questão do crédito”, diz Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX.

Em resposta à solicitação do pleito de entidades do setor de comércio e serviços, incluindo a ABVTEX, o governo federal editou a Medida Provisória (MP) 992/2020, que institui o Capital de Giro para Preservação de Empresas (CGPE). O CGPE permite operações de crédito para micro e pequenas empresas com faturamento de até R$ 300 milhões. As regras também se aplicam às linhas de crédito emergenciais já existentes, como o Pronampe.

Outro dado revelado pela pesquisa é que, do total de empresas, 48,2% afirmam ter adotado a jornada de trabalho reduzida e 37,6% adotaram a medida de suspensão de contratos de trabalho.