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Participação da ABVTEX no BR Week 2018

Categoria: Boletim ABVTEX em Pauta | 18 de julho de 2018

Ao lado de lideranças do varejo, Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX, esteve no painel “O momento é de mudança. Por que o consumidor, o mercado e a sociedade só têm a ganhar com a união do varejo?”.

No dia de abertura do BR Week 2018, Edmundo dividiu o palco com Altino Cristofoletti (ABF), Glauco Humai (ABRASCE), José Barral (Cendon & Barral Consultoria), Nelson Felipe Kheirallah (Associação Comercial de São Paulo) e Paulo Pompilio (GPA) para debater a importância da união do varejo em prol da melhora da imagem do setor e da criação novos negócios, construindo uma sociedade de consumo mais consciente. Um exemplo disso, referenciado no painel, é o Programa ABVTEX, em que grandes varejistas de moda estão juntas no processo de monitoramento da cadeia produtiva, visando garantir boas práticas de responsabilidade social e trazer para o setor um ambiente mais ético e integro.

Discutindo esta união do varejo para um bem maior, destacou-se que esse ambiente sinérgico de negócios competidores deve ser traduzido na soma de esforços para combater o principal problema do Brasil, segundo os painelistas: a burocracia da legislação brasileira do poder público no controle de operações varejistas.

“A gente tem que lembrar que o inimigo do varejista não é o varejista do lado. O nosso inimigo é a burocracia governamental. Nós temos que ter uma união para resolver esse tipo de problema”, afirmou Nelson Kheirallah, vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Em consonância com este comentário, o diretor executivo da ABVTEX, Edmundo Lima, colocou o case setorial do varejo de moda como um exemplo de junção de esforços de concorrentes em prol de um benefício geral. “No monitoramento de cadeia produtiva, são varejistas concorrentes, mas eles entenderam que diante de uma realidade de contexto de cadeia produtiva extremante frágil e irregular, era preciso agir. Esses varejistas, junto com a entidade, construíram um processo sistematizado para garantir boas práticas e a valorizar a dignidade do trabalhador dessa cadeia”, destacou Lima.

Como representante de um dos maiores grupos de varejo do Brasil, o diretor de relações corporativas do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Paulo Pompilio, citou dados em que o Brasil aparece na 153ª posição de ter uma liberdade econômica. Segundo ele, isso atravanca projetos de desenvolvimento. “A liberdade econômica no País traz uma qualidade de vida melhor. Os empresários precisam ter um papel protagonista”, disse o executivo.

Em meio ao debate, o presidente da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), Glauco Humai, apontou que há aproximadamente 3500 projetos de lei tramitando nas casas legislativas do País que barram pelo menos algum ponto do investimento nos shopping centers e da operação. “Esses projetos de lei podem mudar radicalmente o nosso negócio da noite para o dia. É algo extremamente desfavorável”.

De acordo com o José Barral, presidente da Cendon & Barral, 80% do tempo do varejista é para resolver situações reativas, nas quais eles têm que se defender, principalmente do poder público, diz ele. “Sobram apenas 20% para, de fato, o varejo inovar”.

“Hoje o país é reconhecido no franchising por causa de uma simples lei de 1994, que deu maior transparência na relação entre as partes”, diz Altino Cristofoletti, presidente da Associação Brasileira de Franquias (ABF).

Fonte: NOVAREJO