Desafios da reciclagem de resíduos é tema do Conselho Superior do Meio Ambiente da FIESP
Categoria: Boletim ABVTEX em Pauta | 12 de agosto de 2021
Edmundo Lima, da ABVTEX, esteve presente no encontro virtual de 27 de julho, ao lado de dezenas de conselheiros integrantes do Cosema – Conselho Superior do Meio Ambiente da FIESP.
Entre os desafios da reciclagem de resíduos, materiais e embalagens, apontados pelos debatedores, estão a segurança jurídica, viabilidade técnica e econômica, impactos na cadeia de valor.
Na abertura, Eduardo San Martin, à frente do Cosema, frisou a responsabilidade e o compromisso de todos os participantes do evento dedicados ao aprimoramento das legislações ambientais e à constituição de sociedades e organismos voltados à reciclagem de resíduos sólidos e à economia circular. “Não se pode impedir que os avanços aconteçam. Por isso, reunimos diversos representantes, neste debate, para se avançar com o tema em benefício da sociedade”, enfatizou, e acrescentou que “não reciclar significa jogar dinheiro no lixo. O resíduo tem valor e os acordos econômicos estão calcados em economia circular”.
Além da segurança jurídica, necessária para que a matéria-prima possa ser processada, a atenção à cadeia de valor é bastante importante, pois há o princípio da responsabilidade compartilhada na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que abrange o arco desde o consumidor até o reciclador que irá reinserir o produto no sistema mais uma vez.
A viabilidade técnica, de forma bem abrangente, engloba coleta seletiva, triagem, tratamento e a destinação adequada. A triagem ainda é feita de maneira manual pelos catadores, o que necessita evoluir para um sistema mais moderno, mecanizado. “O tratamento, por sua vez, requer novas fábricas em função do conceito de economia circular, devido às suas demandas biológica/mecânica, química e térmica, e não se trata de um processo simples e muito menos barato”, explicou Anícia Pio, gerente do Departamento de Desenvolvimento Sustentável (DDS) da Fiesp.
Outro dado relevante apresentado se refere aos 40% dos resíduos gerados no âmbito residencial que ainda têm disposição inadequada, com quase 13 milhões de ton./ano jogadas a céu aberto (Fonte: Abrelpe, Panorama 2020). Não se conta com muitas informações, mas se sabe que há disparidades por região, sendo que elas são mais presentes no Sudeste. O que mais se recupera atualmente, segundo dados oferecidos pelos municípios é papel/papelão (37,7%), plásticos (24,3%), metais (12,1%), vidros (11,4%), e outros (14%).
Para assistir na íntegra, no YouTube, clique aqui.
Foto: Karim Kahn/Fiesp
Com informações de Solange Sólon Borges, Agência Indusnet Fiesp