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Cosema da Fiesp debate ações setoriais para mitigação das mudanças climáticas no Brasil

Categoria: Boletim ABVTEX em Pauta | 23 de abril de 2021

A relevância do tema se dá em função dos eventos climáticos extremos – secas, inundações, ciclones – que afetam toda a sociedade e o setor produtivo, diante da oferta de insumos e matérias-primas, colocando em risco a saúde e a segurança alimentar. O alerta foi feito por Nelson Pereira dos Reis, diretor-titular do Departamento de Desenvolvimento Sustentável (DDS) da Fiesp e do Ciesp.

O tema a 4ª Comunicação Nacional do Brasil à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima foi apresentado por Marcio Rojas, coordenador geral de Ciência do Clima e Sustentabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Segundo revelou Rojas, no Brasil, a cada década a temperatura sobe meio grau Celsius. Nas últimas quatro décadas, o país está dois graus acima da média histórica e se ‘aquece’ mais rapidamente do que a média global, de acordo com dados científicos. O resultado, com o nível de aquecimento médio global de 4 graus, será o incremento de aproximadamente 4,5ºC nas médias; aumento substancial de máximas extremas em todo o Brasil (menos acentuado na região Sul durante o inverno); precipitação: redução de chuvas anuais na região Norte e leste do Nordeste (verão), e no norte da Amazônia e região Nordeste (inverno); aumento de eventos extremos de chuva nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul (verão), e noroeste da Amazônia e faixa sul do Brasil (inverno), com consequente desertificação e savanização em algumas áreas.

Acesse a apresentação de Marcio Rojas, do MCT, neste link.

As contribuições da Agropecuária no contexto do Acordo de Paris foi tema para Rodrigo Lima, diretor da Agroicone, para quem é preciso avançar para que os setores e a sociedade consigam viver com essas mudanças. Assim, ele tratou das ações de agropecuária e o uso da terra na NDC, como zerar o desmatamento até 2030; compensar emissões do desmatamento legal; promover o manejo florestal sustentável; implementar o Código Florestal; restaurar 12 milhões de hectares de florestas para usos múltiplos; aprimorar o Plano ABC; restaurar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; incentivar 5 milhões de hectares de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF); mais 18% de biocombustíveis na matriz energética.

Acesse a apresentação de Rodrigo Lima, do Agroicone, neste link.

O perfil das emissões do setor industrial e as opções de mitigação apontadas no projeto PMR Brasil – Partnership for Market Readiness foi o destaque de Gustavo Fontenele, coordenador de Economia Verde da Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade Ministério da Economia.

Fontenele deu ênfase às emissões da indústria nacional, que respondem por apenas 7% das emissões totais, enquanto nos países desenvolvidos esse índice está no patamar de 30 a 40%, e finalizou sua apresentação apontando as principais opções de mitigação no Projeto PMR-Brasil e os potenciais de abatimento setoriais.

Acesse a apresentação de Gustavo Fontenele, do Ministério da Economia neste link.

Assista a este debate na íntegra neste link do YouTube da Fiesp.

Com informações de Solange Sólon Borges, da Agência Indusnet Fiesp