Cosema da Fiesp discute vazamento de óleo no litoral brasileiro
Categoria: Boletim ABVTEX em Pauta | 11 de dezembro de 2019
Oficiais da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro participaram da reunião do Cosema
para falar sobre o acidente ambiental com maior extensão e duração já visto no País – que foi o vazamento de petróleo cru no litoral nordestino no mês de agosto – apresentar os números e as ações executadas até o momento.
O acidente, de proporções ainda não definidas, ultrapassou os limites do litoral do Nordeste e deixou marca em outros pontos turísticos, chegando ao Sudeste.
O contra-almirante da Marinha do Brasil, Alexandre Rabello de Faria, chefe do Estado-Maior do Comando de Operações Navais, explicou as características do material poluente encontrado no litoral brasileiro: um óleo denso, tipo um piche, que não navega pela superfície, ou seja, impossível de ser identificado por imagem de satélite.
“O óleo aflora muito perto da costa. Infelizmente, no caso de incidentes como este, a orientação é recolher na praia, sendo impossível coletar ainda dentro da água. E precisa ser feito prontamente, uma vez que o movimento da maré pode resultar em um retorno para a água”, informou Faria.
O general de Brigada do Exército, que é o chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Nordeste, Carlos Duarte Pontual de Lemos, apresentou os números da operação que atua no combate à proliferação do óleo pelo litoral brasileiro. Até o momento, 8.295 militares participaram da ação com um total de mais de 107 mil homens-hora. “Essas mais de 238 toneladas de óleo recolhidas até o momento não voltarão ao meio ambiente. É por isso que trabalhamos de forma rápida e eficiente. Sabemos que o Nordeste é uma região fundamental para o desenvolvimento do País”, reforçou.
O presidente do Cosema, Eduardo San Martin, reconheceu a importância das Forças Armadas na defesa do território nacional. “Muitas dúvidas e informações contraditórias marcam este acidente, que registra graves desdobramentos para o meio ambiente, a população, os negócios e o comércio da região atingidos. Por isso o Cosema, a pedido do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, decidiu trazer para o debate quem tem responsabilidade em esclarecer o problema.”
Com informações da Agência Indusnet Fiesp